terça-feira, 27 de julho de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS > Quem me dera!

Hoje eu gostaria de dizer como o sofrido Jó: “Quem me dera que minhas palavras fossem escritas, quem me dera que se imprimissem num livro com um ponteiro de ferro, e sobre uma lâmina de chumbo, ou que com cinzel se gravassem em pederneira! Porque eu sei que meu redentor vive, que no último dia ressurgirei da terra, serei novamente revestido da minha pele, e na minha própria carne verei meu Deus. Eu mesmo o verei, meus olhos o hão de contemplar, e não outro; esta é a esperança que está depositada no meu peito” (Jó 19,23-27 = Vulgata)

O Padre Hipólito Durazzo nos coloca numa viva esperança, como esta de Jó, quando nos afirma: “Custe Deus quanto custar, nunca será caro de mais”. Ora, eu preciso, tu precisas, ele ou ela precisa, nós precisamos, vós precisais e eles ou elas precisam da fé, da esperança e da força do amor de Deus que fortalecia o coração de Jó; porque Jó foi muito mais além de tudo isso, quando, diante do Senhor, disse: “Meus ouvidos tinham escutado falar de ti, mas agora meus olhos te viram. É por isso que me retrato, e arrependo-me no pó e na cinza” (Jó 42,5).

Não é verdade que Deus se deixa encontrar por todos aqueles que o procuram?

Ouçamos bem o que o Senhor nos falou, ainda, na Antiga Aliança: “E quando lá buscares o Senhor teu Deus, encontrá-lo-ás, contanto, porém, que o busques de todo o teu coração e com toda a contrição de tua alma. Depois que tiverem acontecido todas as coisas que foram preditas, voltar-te-ás nos últimos tempos para o Senhor teu Deus, e ouvirás a sua voz. Porque o Senhor teu Deus é um Deus misericordioso; não te abandonará, nem te extinguirá inteiramente, nem se esquecerá do pacto que jurou a teus pais” (Dt 4,29-31).

Você sabe o que significa buscar o Senhor “de todo o coração”? Sinto em meu coração que uma boa parte, certamente, o sabe! Mas, por causa daqueles que são pequenos como eu, vou lhes dizer algo, resumidamente. Noutra oportunidade, se o Senhor trouxer ao meu coração a simplicidade de sua palavra, então, escreverei como Ele me instruir. Entretanto, buscar a Deus de todo o nosso coração é buscá-lo na totalidade do nosso ser, desde o mais íntimo e profundo até a aparência de nossa própria pele. Com isto, diz-me meu coração: “com toda a pontecialidade de nosso espírito, de nossa alma e de todo o nosso ser”; sob a direção amorosa do Espírito Santo; que nos guia como filhos e filhas de Deus (Rm 8,14. l6.26-27); pois, para tal abertura de vida espiritual, é Ele que nos instrui, ensinando-nos divinamente o caminho sob a acessibilidade da vontade do Senhor sobre nossa vontade, para que humildes e mansos, o Espírito Santo seja verdadeiramente nossa vida e direção, e assim nos dirija, fitando-nos com seus próprios olhos.

Que nos ensina o profeta Jeremias? “Bem conheço os desígnios que mantenho para convosco – oráculo do Senhor –, desígnios de prosperidade e não de calamidade, de vos garantir um futuro e uma esperança. Invocar-me-eis e vireis suplicar-me, e eu vos atenderei. Procurar-me-eis e me haveis de encontrar, porque de todo o coração me fostes buscar. Permitirei que me encontreis – oráculo do Senhor; e vos trarei do cativeiro e vos irei buscar em todas as nações e em todos os lugares por onde vos dispersei – oráculo do Senhor – para reintegrar-vos no lugar de onde vos exilei” (Jr 29,11-14).

Estas palavras do Senhor, através do profeta Jeremias, nos remontam aos novos tempos da plenitude em que vivemos – tempos de justiça, de paz e de alegria no Espírito Santo – tempos em que o Reino de Deus se estabelece sobre a face da terra, através dos corações convertidos a Cristo Jesus, todos os que participam da ágape da vida, em cuja mesa é partilhado o pão místico do banquete divino; isto é, o pão vivo que desceu do céu para a salvação do mundo. (Jo 6,51)

Assim, Senhor nosso Deus desenvolve a nosso favor a pedagogia mais simples e sábia do seu coração, para nos atrair através dos dons, das virtudes e dos frutos do sabor divino de sua caridade, a fim de que nossos corações se engracem do seu bondoso e infinito coração, para que vivamos abundantemente e todo o bem nos aconteça. “Eis o que diz o Senhor: no tempo da graça eu te atenderei, no dia da salvação eu te socorrerei. (Eu te formei e designei para fazer aliança com os povos), para restaurar o país e distribuir as heranças devastadas, para dizer aos prisioneiros: “Saí!”E àqueles que mergulham nas trevas”: “Vinde à luz!” Ao longo de todo o trajeto terão o que comer. Sobre todas as dunas encontrarão seu alimento. “Não sentirão fome nem sede; o vento quente e o sol não os castigarão, porque aquele que tem piedade deles os guiará e os conduzirá às fontes” (Is 49,8-10).

O amor de Deus tem laços de caridade que nos acolhem desde o princípio, que não cessam de nos afagarem durante e ao final, no seu repouso, com afagos de justiça, de misericórdia, de fidelidade e de paz e alegria no Espírito Santo. Por isso, São Paulo repete para todos: “Na qualidade de colaboradores seus, exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação (Is 49,8). Agora é o tempo vavorável, agora é o dia da salvação” (II Cor 6,1-2). São Paulo, ainda, nos diz que Deus está perto: “Ele fez nascer de um só homem todo o gênero humano, para que habitasse sobre toda a face da terra”. Fixou aos povos os tempos e os limites da sua habitação. Tudo isso para que procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade ele não está longe de cada um de nós. Porque é nele que temos a vida, o movimento e o ser, como até alguns dos vossos poetas disseram: “Nós somos também de sua raça...” (At. 17,26-28).

Ora, Deus é Deus de Deus, Amor do Amor e vida que nos alcança constantemente com os laços da esperança viva, que pela fé nos preenche e conduz em seus afagos amorosos, por toda a eternidade e além da eternidade.

Quem da face da terra ousaria esquecer aquele que nos fala ao coração, dizendo?: “Eis o que diz o Senhor, aquele que te criou e te formou: nada temas, pois eu te resgato, eu te chamo pelo nome, tu és meu. Se tiveres de atravessar a água, estarei contigo. E os rios não te submergirão; se caminhares pelo fogo, não te queimarás, e a chama não te consumirá. Porque és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo, permuto reino por ti, entrego nações em troca de ti. Pois, todos aqueles que invocam o meu nome eu os criei, os formei e os fiz para minha glória” (Is 43,1-2.4.7). Filhinhos!... “Eu te amei com amor eterno e sou constante na minha afeição por ti” (Jr 31,3). Não sabes que tenho o teu nome gravado na palma da minha mão? Jamais me esquecerei de ti! “Buscai ao Senhor, já que ele se deixa encontrar; invoca-o já que está perto” (Is 55,6). “Então tua luz surgirá como aurora, e tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se; tua justiça caminhará diante de ti, e a glória do Senhor seguirá na tua retaguarda. Então às tuas invocações, o Senhor responderá, e a teus gritos, dirá”: “Eis-me aqui!” (Is 58,8-9). “Ainda que os montes sejam abalados e tremam as colinas, a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não se mudará, diz o Senhor, compadecido de ti” (Is 54,10). E ainda te digo mais, diz o Senhor: “Ponde dez vezes mais zelo em procurar-me” (Bar 4,28); pois “quem tocar em ti, toca na menina dos meus olhos” (Zc 2,8 = Vulgata ou Zc 2,12 = Ave Maria).

Irmãos e irmãs, o Senhor é à força do teu coração e a tua herança eterna. (Sl 72,26). Não temerás coisa alguma, pois Ele é a tua luz e salvação. Ele é o defensor de tua vida. (Sl 26,1)

O Senhor, agora, diz para mim e para você: “Invoca-me, e eu te responderei, revelando-te grandes coisas misteriosas que ignoras” (Jr 33,3).

Sinto em meu coração o “basta”, por esse momento. Por isso, encerro com uma “palavra” do Senhor Jesus Cristo, nossa salvação e ressurreição: “Todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim não o lançarei fora” (Jo 6,37), mas, eu hei de ressuscitá-lo no último dia. (Jo 6,44b)

João C. Porto

domingo, 18 de julho de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS > A Bíblia Sagrada

A bíblia é a palavra de Deus. Uma carta de amor que Deus escreveu aos homens e mulheres de boa vontade, prometendo-lhes salvação e vida eterna a todos os que crerem, com fé e amor no coração, em seu Filho e único Salvador, nosso Senhor Jesus Cristo.

Origem da palavra Bíblia

Do grego bibelô, que significa livro.

Diminutivo: biblion, que significa livrinho.

Plural: Biblia, que significa livrinho.

O plural, com o passar do tempo, foi perdendo o sentido. Hoje, etimologicamente falando, a palavra Bíblia significa uma coleção de livros.

No tempo oportuno, os livros da Bíblia Sagrada foram divididos em capítulos e versículos, com o objetivo principal de facilitar a exegese, isto é, a interpretação gramatical e histórica dos livros sagrados.

Em primeiro lugar, os livros da Bíblia foram divididos em capítulos. Segundo consta, a atual divisão dos capítulos sagrados em versículos (versos) data do século XVI. Em 1528, Sanctes Pagninus fez a divisão do Antigo Testamento em versículos, e, em 1551, Robert Estienne (Estêvão) dividiu o texto grego do Novo Testamento em versículos.

Como estudar a Bíblia Sagrada, apoiando-se nos capítulos, versículos e outros sinais gráficos.

A vírgula separa capítulo de versículos.

Ex.: Jo 3,3

Indica o Evangelho de São João, Cap. 3, vers. 3. Com esta indicação, você lerá o 3º versículo do 3º capítulo do referido Evangelho.

O ponto e vírgula separam capítulos de um mesmo livro ou um livro de outro.

Ex.: Jo 1,12; 3,3; II Cor 5,17

O primeiro ponto e vírgula separam os capítulos 1º e 3º do mesmo livro que é o Evangelho de São João, onde se deve ler, respectivamente, os versículos 12º e 3º. O segundo ponto e vírgula separam dois livros: o Evangelho de São João da 2ª Carta de São Paulo aos Coríntios, na qual se deve ler o versículo 17º do capítulo 5º.

Então vovê terá lido: “Mas a todos os que o receberam deu poder de se tornarem filhos de Deus, aos que crêem no seu nome”. (Jo 1,12);

“Jesus respondeu e disse-lhe: Em verdade, em verdade te digo que não pode ver o Reino de Deus senão aquele que nascer de novo” (Jo 3,3)

“Se algum, pois, está em Cristo é uma nova criatura; passaram as coisas velhas; eis que tudo se fez novo” (II Cor 5,17)

O ponto indica leitura de capítulos ou versículos não seqüenciados.

Exs.: Gn 16 .19

Significa que se devem ler, tão somente, os capítulos 16 e 19 do Livro do Gênesis.

Mt 5,14. 16.48

Indica que do capítulo 5º do Evangelho de São Mateus se devem ler, tão somente, os versículos 14, 16 e 48. Como se vê, é uma leitura salteada de versículos.

O hífen indica a leitura de capítulos ou versículos seqüenciados.

Ex.: I Cor 12 – 14; Jo 3,3 – 8.

Significa que se devem ler, sequenciadamente, os capítulos 12 ao 14 da primeira Carta de São Paulo ao Coríntios, e do capítulo 3º do Evangelho de São João, do mesmo modo, os versículos até ao final do 8º.

As letras a e b após a citação dos versículos significam que, relativamente ao a, a citação refere-se somente à parte inicial do versículo; e, relativamente ao b, a citação indicada para a leitura refere-se à parte final do referido versículo.

Ex.: Jo 14,6a ou Jo 14,6b

Ora, em Jo 14,6 lê-se o seguinte: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim”.

Se a citação em causa é a primeira indicada acima, isto é, Jo 14,6a, leremos tão somente: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.

Se, no entanto, a citação para a leitura for a Segunda, isto é, Jo 14,6b, então leremos: “ninguém vai ao Pai senão por mim”.

Em se tratando de um s ou dois ss depois do versículo, teremos que fazer a seguinte leitura:

Exs.: Mc 10,14s

Indica que deveremos ler o versículo 14 e o seguinte (15), do Evangelho de São Marcos.

Lc 1,30ss

Significa que se devem ler os versículos 30 e os seguintes, do Evangelho de São Lucas, até que se complete o sentido necessário à meditação que se faz sentir. Para nossa reflexão, neste momento, faríamos a leitura do versículo 30 ao 35, do referido Evangelho.

No caso de vírgula, hífen e ponto ao mesmo tempo.

Ex.: Jo 3,3-5.7

Significa que a referida citação nos orienta a ler os versos 3 a 5 e daí saltar para a leitura do verso 7º do capítulo 3º do Evangelho de São João.

A Bíblia Sagrada é a palavra de Deus em forma de alimento espiritual. (Dt 8,3; Mt 4,4; Lc 4,4)

“Afligiu-te com a fome, e deu-te por sustento o maná, que tu e teus pais desconhecíeis, para te mostrar que o homem não vive só de pão mas, de toda a palavra que sai da boca de Deus”. (Dt 8,3)

A Bíblia é a verdade de Deus na palavra ou o próprio Verbo Divino.

“Santifica-os na verdade. A tua palavra é a verdade”. (Jo 17,17)

A Bíblia Sagrada é, também, alimento que sacia a fome e a sede de ouvir a palavra de Deus.

“Eis que vem o tempo, diz o Senhor, em que eu enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas (fome e sede) de ouvir a palavra do Senhor”. (Am 8,11)

A Bíblia é alimento que traz gosto ao paladar e alegria ao coração.

“Achei a tua palavra, alimentei-me com ela; a tua palavra foi para mim o prazer e a alegria do meu coração, porque o teu nome foi invocado sobre mim, Senhor Deus dos exércitos”. (Jer 15,16 – Vulgata)

A Bíblia é, ainda, alimento de extrema doçura, que na boca de quem vive da fé (Hab 2,4; Rm 1,17) é mais doce que o mel.

“Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! São-no mais que o mel à minha boca”. (Sl 118,103)

A Bíblia Sagrada é, outrossim, lâmpada para os pés e luz para o caminho de quem vive o amor de Deus no coração.

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos”. (Sl 118,105)

É o Verbo de Deus como fonte de sabedoria nos céus e como caminho de eternidade na terra.

“A fonte da sabedoria é o Verbo de Deus nos céus, e os seus caminhos são os mandamentos eternos”. (Eclo 1,5)

A Bíblia Sagrada se compõe de 73 livros: 46 do Antigo Testamento (Antiga Aliança) e 27 livros no Novo Testamento ou Nova Aliança.

São os seguintes os livros do Antigo Testamento, de conformidade com o seu gênero, e como eles são abreviados.

Pentateuco – Os cinco primeiros livros.

Gênesis (Gn) Êxodo (Ex)

Levítico (Lv) Números (Nm)

Deuteronômio (Dt)

Históricos – 16 livros

Josué (Js) Juízes (Jz)

Rute (Rt) I Samuel (I Sm)

II Samuel (II Sm) I Reis (I Rs)

II Reis (II Rs) I Crônicas (I Cr)

II Crônicas (II Cr) Esdras (Es)

Neemias (Ne) Tobias (Tb)

Judite (Jd) Ester (Est)

I Macabeus (Mc) II Macabeus (Mc)

Poéticos ou Sapienciais – 7 livros

Jó (Jó) Salmos (Sl)

Provérbios (Pr) Eclesiastes (Ecli)

Cântico dos Cânticos (Ct) Sabedoria (Sb)

Eclesiástico (Eclo)

Grandes Profetas – 6 livros

Isaías (Is) Jeremias (Jr)

Lamentações (Lm) Baruc (Br)

Ezequiel (Ez) Daniel (Dn)

Pequenos Profetas – 12 livros

Oséias (Os) Joel (Jl)

Amos (Am) Abdias (Ab)

Jonas (Jn) Miquéias (Mq)

Naum (Na) Habacuc (Hab)

Sofonias (Sf) Ageu (Ag)

Zacarias (Zc) Malaquias (Ml)

Em seguida, os livros do Novo Testamento ou Nova Aliança, de conformidade com seu gênero, e como são abreviados.

Evangelhos – 4 livros

Mateus (Mt) Marcos (Mc)

Lucas (Lc) João (Jo)

Histórico – 1 livro

Atos dos Apóstolos (At)

Cartas Paulinas – 14 livros

Romanos (Rm) I Coríntios (I Cor)

II Coríntios (II Cor) Gálatas (Gl)

Efésios (Ef) Filipenses (Fl)

Colossenses (Cl) I Tessalonicenses (I Ts)

II Tessalonicenses (II Ts) I Timóteo (I Tm)

II Timóteo (II Tm) Tito (Tt)

Filêmon (Fm) Hebreus (Hb)

Cartas Católicas – 8 livros

Tiago (Tg) I Pedro (I Pd)

II Pedro (II Pd) I João (I Jo)

II João (II Jo) III João (III Jo)

Judas (Jd) Apocalipse (Ap)

Há Bíblias com 73 livros e outras com 66. Por que essa diferença? Isto se deve ao fato de que a Bíblia Sagrada nos é apresentada em dois cânones ou catálogos: o restrito da Palestina com 66 livros, seguido pelo judaísmo e, desde Lutero (1917), por todo o mundo protestante; e o amplo de Alexandria, ou a tradução dos 70 intérpretes, com 73 livros, seguido, desde os apóstolos de Cristo e até hoje, pelo mundo católico.

Como se vê, entre um e outro cânone, há 7 livros divergentes, além de fragmentos dos livros de Ester e do profeta Daniel.

Os 7 livros divergentes e os fragmentos são:

Livros:

Judite (Jt) Tubias (Tb)

I Macabeus (I Mc) II Macabeus (II Mc)

Sabedoria (Sb) Eclesiástico (Eclo)

Baruc (Br)

Fragmentos:

No livro de Ester: Capítulo 10, 4-13 e mais os capítulos 11 a 16.

No livro do profeta Daniel: Capítulo 3, 24-90 e mais os capítulos 13 a 14, os quais se referem à história de Susana.

Que nos apresentam as duas Alianças?

O Antigo Testamento anuncia a vinda do Senhor e Salvador, Jesus Cristo. O Novo Testamento nos apresenta Jesus Cristo como único Salvador (Is 43,11), aquele que veio e que virá novamente no final dos tempos. (At 1,10-11)

Quais os idiomas utilizados na escrita da Bíblia Sagrada?

O Antigo Testamento foi escrito em Hebraico, e o Novo Testamento em Grego e Aramaico.

Como a Bíblia se apresenta com relação à dimensão dos livros, capítulos e versículos?

Os Salmos formam o maior livro da Bíblia Sagrada com 150 capítulos.

A Segunda Carta de São João é o menor livro da Bíblia com apenas um capítulo de 13 versículos.

O Salmo 118 é o maior capítulo da Bíblia Sagrada com 176 versículos, e o Salmo 116 é o menor capítulo com apenas 2 versículos.

O maior versículo da Bíblia é o versículo 9º do capítulo 8º do livro de Ester, e o menor versículo é o versículo 13 do capítulo 20 do livro do Êxodo: “Não matarás”.

QUSTIONÁRIO PARA REFLEXÃO E APROFUNDAMENTO ESPIRITUAL

1. Por que a Bíblia foi escrita?

Evangelho de S. João – Cap. 20, Vers. 31 (Jo 20,31)

2. A Bíblia Sagrada pode desaparecer?

a) Evangelho de S. Lucas – Cap.21,Vers. 33 (Lc 21,33)

b) 1ª Carta de S. Pedro – Cap. 1, Vers. 25 (I Pd 1,25)

3. A Bíblia diz a verdade?

Evangelho de São João – Cap. 17, Vers. 17 (Jo 17,17)

4. O que é a Bíblia para o homem?

Evangelho de S. Mateus - Cap. 4. Vers. 4 (Mt 4,4)

5. Quem é aquele que a Bíblia nos ensina a Conhecer?

Evangelho de São João – Cap 5, Vers. 39 (Jo 5,39)

6. Quem inspirou os escritos da Bíblia Sagrada?

2ª Epístola a Timóteo – Cap. 3, Vers. 16 (II Tm 3,16)

7. Como a Bíblia chegou até nós?

2ª Epístola de São Pedro – Cap. 1, Vers. 21 (II Pd 1,21)

8. Diga com suas palavras o que a Bíblia representa para você.

João C. Porto

sábado, 17 de julho de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS > Convite à oração

Sempre houve momentos de afastamento, de busca, de manifestação, de revelação, de salvação, de oração e de santificação. Entretanto, nestes dias de plenitude, o Senhor Jesus nos convida a que nos aproximemos dele, e promete que nos aliviará de nosso cansaço, das sobrecargas e opressões do pecado.

“Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas” ( Mt 11,28-29).

Não é verdade que, quando nossos primeiros pais pecaram, afastaram-se de Deus? Assim, o pecado original foi à causa do primeiro afastamento do homem da presença de Deus.

“Adão e sua mulher esconderam-se da face do Senhor Deus no meio das árvores do paraíso” ( Gn 3,8b )

Ora, o Senhor, nosso Deus, diante da aliança partida e a amizade desfeita, ao se manifestar a eles, os repreendeu. Entretanto, porque conservou o seu amor e a sua misericórdia aos seus filhos desgarrados, fez-lhes a promessa da salvação. (Gn 3,15)

O momento da busca do homem a Deus ocorrera quase que imediatamente; a partir de quando Adão, Eva e sua descendência sentiram a ausência do Eterno em seus corações. Por isso, mais do que rapidamente fizeram ofertas das primícias de seu trabalho, na tentativa de chamar à atenção do Criador.

Esta, sem dúvida, pode-se contar como a primeira experiência de oração que, clamando do íntimo do coração, obteve a resposta de Deus através de suas diversas manifestações cognitivas, imponderável expressões de vida e revelações do amor divino.

Assim, observa-se através da palavra sagrada que Deus responde a quem o busca, e nessa resposta estão as manifestações da graça divina, tais como inspirações, ciência, revelações, profecias, moções, curas e milagres; porque, diz o Senhor Jesus Cristo: “Tudo o que pedirdes, com fé na oração, recebereis (Mt 21,22)”.

Efetivamente, desde a Antiga Aliança, somos, constantemente, convidados ao diálogo com Deus, através da palavra, da prática da lei e da vida de oração, porque as Sagradas Escrituras, a Sagrada Tradição e o Magistério da Igreja sempre foram a base de nossa fé e a primeira fonte disponível pela qual o Senhor nos convida a que entremos em contato com ele.

“Buscai o Senhor, enquanto se pode encontrar; invocai-o, enquanto está perto. (7): Deixe o ímpio o seu caminho, o homem iníquo os seus pensamentos, e volte-se para o Senhor, o qual terá piedade dele; e para o nosso Deus, porque ele é muito generoso para perdoar” ( Is 55,6 ).

Ora, o Senhor Deus de Abraão, de Isaac e Jacó, Deus de Israel, diz-nos que todos os que o invocam de coração e o louvam, são objetos de sua glória.

Is 43,7:- “Todos aqueles que invocam o meu nome, eu os criei, os formei e os fiz para minha glória” ( Is 43,7 ).

Assim, também, quando oramos somos glória de Deus; criados para o seu louvor, para bendizê-lo, adorá-lo e servi-lo em toda a extensão de sua obra de amor sobre a terra.

Por que será que o Senhor Jesus nos pede que oremos constantemente e sem cessar de fazê-lo? (Lc 18,1). Ou, por que será que S. Paulo nos recomenda, dizendo: “Orai sem cessar” (I Ts 5,17)?

Ora, O Senhor nosso Deus, verdadeiramente, nos convida a que estejamos diante dele e de sua obra, constantemente, em oração, porque esta é a nossa força diante dele, a fonte íntima de conhecimento da vontade do Senhor, a fim de que, ainda, pela oração, sejamos ungidos e engraçados, conduzidos pelo Espírito Santo a realizarmos em Cristo a plena vontade do Pai Eterno.

Em assim orando, no contexto deste trabalho, vejamos o que nos ensina S. João Crisóstomo, definindo a oração: “A oração é a âncora para os flutuantes, tesouro para os pobres, remédio para os doente e preservativo para os sãos”.

Conclusão de Sto. Afonso Maria de Ligório:

“A oração é uma âncora segura para quem está em perigo de naufragar, é um tesouro imenso de riqueza para quem é pobre, é um remédio eficacíssimo para os enfermos e um fortificante certo para nossa saúde”.

Que produz em nós a oração?

“A oração aplaca a ira de Deus, porquanto Deus perdoa logo a quem com humildade lhe pede: concede todas as graças pedidas, vence todas as forças do inimigo; em resumo, transforma os cegos em iluminados, os fracos em fortes, os pecadores em santos” (S. Lourenço Justiniano).

“Por isso, desejei a inteligência e ela me foi dada; invoquei o Senhor, e veio a mim o espírito da sabedoria” ( Sb 7,7 ).

Não é verdade que a explicação da palavra de Deus ilumina e dá inteligência aos pequeninos? (Sl 118,130)

Que nos ensina S. Pedro Crisólogo? “Quem se vale da oração ignora a morte, deixa a terra, entra no céu e vive com Deus. Não cai em pecado, perde o apego às coisas da terra, entra no céu e já nesta vida começa a gozar da presença de Deus”.

“Sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca: o nascimento que tem de Deus o guarda, e o maligno não lhe toca” ( I Jo 5,18 ).

Assim precisamos vivenciar, em virtude da graça que recebemos, íntima e profunda confiança em Deus (Is 26,4), afastando de nossos corações quaisquer tipos de inquietações, a fim de que conservemos aquela paz que excede toda ciência. (Fl 4,7)

Lembremo-nos de que, para quem tem fé, tudo é possível (Mc 9,23), pois o Senhor Jesus é nosso Pastor e, com certeza, nada nos poderá faltar. Basta crer com fé viva no coração, e os resultados serão imediatos, porque Ele é o Senhor, nossa vitória.

João C. Porto